Orientação Geográfica

Desde o princípio o homem sempre buscou localizar-se e orientar-se no espaço geográfico para seguir a direção certa. Por isso, os seres humanos vêm sempre mudando as maneiras de se orientar, tendo melhorado a sua orientação.

O homem observou, por muito tempo, o movimento do Sol e percebeu que o astro sempre nascia, aproximadamente, em um mesmo local e também se punha, aproximadamente, no mesmo local. A partir disso, o homem resolveu colocar o nome do local onde o Sol nasce de Leste e o local que se põe de Oeste, através disso ele determinou o Norte e o Sul, criando, assim, os pontos cardeais que são importantes para a localização geográfica. Contudo, o homem percebeu que existia um vazio muito grande entre os pontos cardeais, com isso resolveu criar os pontos colaterais, que são: Nordeste (NE), Noroeste (NO), Sudoeste (SO) e Sudeste (SE), porém o homem percebeu que ainda havia um vazio grande, então, resolveu criar os pontos Subcolaterais, que são: Norte-nordeste – NNE, Leste-nordeste – (ENE), Leste-sudeste – (ESE), Sul-sudeste – (SSE), Sul-sudoeste – (SSO), Oeste-sudoeste – (OSO), Oeste-noroeste – (ONO), Norte-noroeste – (NNO), através de todos esses pontos, criou-se o que temos hoje como rosa dos ventos ou rosa dos rumos.

Instrumentos de orientação

Ao longo do tempo, o homem começou a utilizar recursos, características e referenciais para se orientar. Antigamente, quando ainda não se havia equipamentos que auxiliassem na orientação, os seres humanos conseguiam se localizar de várias maneiras, utilizando referenciais, como por exemplo: os recursos da natureza, o Sol, a Lua, estrelas, ventos, plantas, entre outros.

Com o passar dos anos, foram surgindo equipamentos que auxiliavam na orientação, por exemplo: o astrolábio, a bússola, o GPS, o portulano, o mapa, entre outros.

O astrolábio era um instrumento antigo, o qual se utilizava para resolver vários problemas, entre eles, a orientação náutica. Foi muito utilizado nas navegações para determinar a posição dos astros e através disso se orientar.

A bússola é um instrumento navegacional que é utilizado para indicar os pontos cardeiais. Ela consiste num ponteiro magnetizado que se alinha com o pólo magnético da Terra. Porém o pólo magnético não é igual aos pontos cardeais, mas é bem aproximado. Para cada região da Terra, existe uma determinada angulação, a qual é chamada de declinação magnética, se apessoa obtiver essa declinação, ela pode encontrar precisamente os pontos cardeais através da bússola.

O GPS (Sistema de Posicionamento Global) é composto por três partes: espacial, de controle e utilizador. A espacial é composta por 24 satélites distribuídos em seis planos orbitais, a parte de controle é responsável pelo monitoramento das órbitas dos satélites e por fim, utilizador é o receptor GPS, responsável pela captação dos sinais fornecidos pelos satélites. Esse sistema de navegação permite, através de satélites artificiais, a obtenção de informações sobre a localização geográfica em qualquer lugar da superfície terrestre e em qualquer hora do dia.

Portulano

  

Mapa

O portulano era uma espécie de mapa, porém não tão técnico como os mapas atuais, até porque não existiam os recursos tecnológicos que existem hoje, mas servia bastante para orientação náutica e era considerado uma carta náutica. Já o mapa, que é trabalhado pela cartografia, exige mais técnica, porque trabalha com muitos aspectos. O mapa é representação de uma área geográfica ou parte da superfície da Terra, desenhada ou impressa em uma superfície plana.
  

Orientação pelo Sol ou pela Lua

Ao orientar-se pelo Sol, de uma maneira muito básica, basta você esticar os braços horizontalmente e apontar a sua mão direita para onde o Sol nasce, a partir disso você terá o Oeste a sua esquerda, o Norte a sua frente e o Sul a suas costas. A partir disso você terá um referencial básico, mas que dá para se orientar. A noite, este processo também pode ser efetuado com a Lua, no entanto, a localização não é precisa como as fornecidas por instrumentos de orientação modernos.

Orientação pelas estrelas

As estrelas e constelações por muito tempo foram utilizadas como meios de orientação, de grande importância para localização de viajantes, porém não tão precisa, mas possível de se orientar. Para uma pessoa localizar-se pelas constelações, deve-se ter um mínimo de conhecimento astronômico, pois é a partir das posições das estrelas que o homem se orienta. Todavia, há uma diferença nos hemisférios em relação às constelações. No Hemisfério Norte a orientação ocorre por meio da Estrela Polar e no Hemisfério Sul pelo Cruzeiro do Sul.

A orientação no Hemisfério Norte é efetuada da seguinte maneira: a pessoa deve localizar as constelações ursa menor e ursa maior, a Estrela Polar está na ursa menor, mais precisamente é a última estrela da calda e também a mais brilhante da constelação. A referida estrela encontra-se no prolongamento do eixo terrestre e sempre ocupa a mesma posição, sobre o Pólo Norte, através disso, o lado onde ela se encontra indica o Norte.

A orientação no Hemisfério Sul ocorre da seguinte maneira: deve-se encontrar o Cruzeiro do Sul, para que não se confunda com outras constelações em formato de cruz, procure a estrela intrometida que fica um pouco a direita do centro da constelação. Após a identificação do Cruzeiro do Sul, basta fazer o mesmo processo que se faz para se orientar pelo Sol, pois assim como o Sol faz o movimento Leste-Oeste, as estrelas também fazem.